Se você está começando a implantar um software de gestão financeira, o plano de contas gerencial será uma das etapas mais importantes! Entenda o que é um plano gerencial, qual é a diferença entre o gerencial e o contábil, e como surgiu toda essa confusão!
O que é um plano de contas gerencial?
O plano de contas é a estrutura que classifica as contas (pagas/recebidas) de uma empresa. Apesar do termo “técnico”, é algo tão simples como uma listagem que inclui “Luz”, “Água”, “Aluguel” e “Telefone”. Mas alguns detalhes fazem com que esta estrutura ajude na gestão.
Um destes detalhes é que o plano é construído de forma “hierárquica”. Por exemplo: “Água”, “Luz” e “Aluguel” estarão abaixo de uma linha chamada Despesas Administrativas. Isso ajudará o gestor a enxergar tudo agrupado, respondendo perguntas como “quanto gastamos com despesas administrativas no mês passado?”. E, claro: se for necessário, será possível entender “quanto gastamos com luz especificamente?”. Veja o exemplo abaixo:
- Despesas
- Despesas Administrativas
- Luz
- Água
- Telefone
- Aluguel
- Despesas Administrativas
Viu como é simples? Ah! Você pode adicionar quantas linhas entender necessário dentro do escopo da sua empresa!
O plano de contas contábil é diferente?
Resposta curta: sim – muito! O plano de contas contábil é usado para montar livros e balanço. Ele é definido pela sua contabilidade, e é subdividido em Ativo, Passivo, Receitas e Despesas. Dentro de cada uma destas divisões, as classificações irão aparecer. Veja o exemplo abaixo.
Note que o plano contábil classifica de forma muito técnica, e bastante genérica, os acontecimentos da sua empresa. Isso porque, aos olhos do governo (que é o maior interessado na contabilidade), não importa – por exemplo – se você pagou uma conta de luz ou de água. Para ele, importa que você pagou uma conta de consumo.
E é neste ponto que o plano de contas contábil se distancia muito do plano gerencial.
Na realidade, apenas o termo “plano de contas” é importado, dada a semelhança no formato de ambas as informações. Mas a composição de um plano gerencial é bastante diferente.
A origem da confusão
O plano gerencial parece simples, não?! Se você tem, por exemplo, um novo tipo de conta (exemplo: motoboy), você meramente vai encontrar onde ela pertence (Despesas Operacionais, por exemplo) e adicionar uma nova linha lá. Mas então, por que há tanta confusão?
A confusão começa porque estes planos são correlacionados. Caso sua contabilidade queira, ela pode relacionar itens do plano de contas gerencial com o contábil. Em geral, muitas linhas do plano gerencial representam “uma” linha no plano contábil (por exemplo: despesas, em geral, serão um ou duas linhas no plano contábil, mas facilmente passarão de 50 no gerencial).
Esta correlação é feita apenas para exportação de dados para o software contábil. Portanto, se seu contador não usar os dados do seu software gerencial, você não precisa se preocupar com isso – e nem ocupá-lo para criar seu plano de contas!
Por que é útil?
Alguns softwares mais simples usam apenas uma lista de classificações de contas (água, luz, telefone, etc.). A diferença desse mecanismo mais simples para um mais complexo é que este permitiriá uma análise detalhada de fluxo de caixa, por exemplo, que aquele não permitirá. As contas ficarão mais organizadas e você poderá analisar de forma muito fácil, por exemplo, quanto você gasta em publicidade, ou quanto gasta em cada canal investido (Facebook, Google, etc.).
E é isso. Qualquer dúvida ou sugestão, deixa um comentário abaixo! 😀