Quando o assunto é gestão financeira, é muito fácil confundir termos como receita, faturamento e lucro. Afinal, há uma gama enorme de palavras que podem, inclusive, ter significados diferentes em contextos diferentes. O “Lucro”, por exemplo, pode ser diferente para o contador e para o diretor financeiro da empresa. O lucro contábil, por exemplo, incluirá depreciações e outros abatimentos que, em geral, são ignorados na gestão financeira. Nesta mesma linha, a receita poderá ser dividida entre Bruta, Líquida, Operacional e outros termos.
Neste pequeno artigo, vamos tentar desmistificar e explicar de forma clara o que são cada um destes termos no contexto financeiro – que é, na prática, o mais usado na gestão das empresas.
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Faturamento
O termo “faturar” está intimamente conectado à emissão de notas fiscais, recibos ou notas de débito. No Brasil, pelo menos, uma venda precisa de um destes três documentos para que seja contabilizada. Neste sentido, o faturamento é a soma de todos os valores brutos destes documentos emitidos dentro do período desejado (por exemplo, um mês).
O faturamento é um indicador importante, pois demonstra não só o crescimento como a capacidade de geração de receita da empresa. Apesar de não ser todo o dinheiro que entra em caixa (pois ainda serão descontados impostos), ele é o número que pode (e deve) ser usado como referência para saber se a empresa está crescendo – e quanto.
Ah, e sobre os impostos: mesmo que a nota fiscal tenha retenção de impostos (no caso de serviços), o valor do faturamento considerado será sempre o bruto!
Outro detalhe importante: ao comparar o faturamento de outros anos, não se esqueça de aplicar índices que corrijam os valores passados (IGP-M, por exemplo). Assim, evita-se comparações falsas e índices de crescimento acima do normal (vamos explorar este assunto em outro artigo).
Receita
Este é o termo mais confuso dessa parte toda. A Receita ora é confundida com faturamento, ora com lucro, ora com entrada de caixa. E não é difícil entender o motivo… A receita possui “tipos”, que mudam completamente seu escopo, e tais tipos ainda podem ser definidos no contexto de cada empresa. Para uma empresa, por exemplo, a Receita Líquida pode ser resultado da Receita Bruta menos Impostos. Para outra, as comissões também serão retiradas. Então, é bom ficar atento. Mas vamos à definição.
Receita Bruta
A Receita Bruta equivale ao Faturamento. Quando falamos em Receita Bruta, estamos falando em todas as vendas da empresa antes de qualquer desconto ou retenção de impostos. É simples assim.
Receita Líquida
A Receita Líquida varia de acordo com cada empresa, e até mesmo com cada modelo de DRE (uma empresa pode possuir mais de um modelo de DRE em casos específicos). Em geral, a Receita Líquido retirará impostos de incidência direta (não no resultado, como é o caso do IRPJ e CSLL). Ou seja: é o saldo líquido que entra para a empresa e pode ser usado para manter a empresa. Ela jamais pode ser confundida com lucro, ainda que represente o “dinheiro que sobra”.
A fórmula é: Receita Bruta (menos) Impostos
A Receita Líquida é que servirá de base como o “dinheiro que deve entrar para a empresa”.
Dica rápida
Em geral, quando falamos em gestão administrativa, a receita considerada é a receita bruta (que é igual ao faturamento). A receita líquida é um dado técnico e intermediário, que ainda receberá alguns descontos antes de resultar no Lucro Bruto e posteriormente no EBITDA.
Lucro
Tal como a Receita, o Lucro também pode ter “tipos” (Lucro Bruto, Lucro Líquido, etc.). Mas aqui vamos simplificar a explicação resumindo na seguinte frase: “lucro é o que sobra”. O lucro do mês é o que sobra do faturamento depois de todos os impostos, comissões e pagamentos da operação.
A única exceção aqui será para o caso de empresas que possuam empréstimos ou aportes de investidores. Neste caos, o lucro considerado vem sempre antes destas linhas. Ou seja: o pagamento de empréstimos ou a “receita” com aportes não são consideradas para o cálculo do lucro da empresa.
Em geral, se a empresa não possui empréstimos nem aportes, o lucro corresponde ao dinheiro que pode ser distribuído entre os sócios ou reinvestido na empresa.
É também o lucro que indicará a saúde da operação, a capacidade de reinvestimento e a capacidade de existência do negócio. É normal que uma empresa se sustente por alguns meses (ou anos) sem lucro, especialmente quando esta recebe investimento externo ou é de capital aberto. Porém, podemos imaginar que uma empresa que não dá lucro é como um prédio sem pilares suficientes: se forem retiradas as estruturas que estão “calçando” o prédio, ele cai.
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Conclusão
Os termos financeiros podem ser bastante confusos e prolixos. Esperamos ter esclarecido um pouco destes, use o espaço de comentários abaixo caso ainda tenham restado dúvidas!
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